quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Sombras: uma análise física que vai à meta

Amigos, irmãos, parceiros de mais esta jornada, vida, existência!

Hoje, sob a luz da física e da metafísica, falarei um pouco sobre sombras. Sim, sob um foco de luz, afinal, sem luz não há sombras, apesar das sombras serem, de certa forma, a ausência de luz. Vamos iluminar esse pensamento.

Começarei por onde nossa razão foi levada escolarmente a equacionar, pela Física Clássica. Na definição da física, sombra seria a região de um espaço em que nenhum raio luminoso proveniente de uma fonte chega, devido à presença de determinado obstáculo. Quem nunca ficou olhando a própria sombra projetada pelo Sol no chão, na parede, ou em qualquer ser próximo a nós? Quem já olhou, deve então ter percebido que a nossa sombra nada mais é do que uma projeção sem luz de nós mesmos.

Tomando a fonte de luz como aquilo que ilumina o nosso próprio ser, o obstáculo como o nosso próprio ser, e a sombra como a projeção sem luz de nosso próprio ser, pergunto: O que seria a fonte que nos ilumina? Tudo aquilo que realmente nos motiva, nos dá ânimo pra prosseguir, dia após dia, nosso ideal de felicidade, que pode ser um outro ser e/ou um objetivo. Somos nós um obstáculo? Oferecemos resistência à luz de outros seres e/ou de nossos objetivos? Respondam vocês mesmos. A presença das sombras em nossas vidas e cotidianos é inevitável? Equacionarei essa questão com base na Física de Aristóteles, a física do imaterial, voltando ao tempo para ir além, usando a Metafísica (em grego, metha = depois, além).

Se na presença da fonte luminosa somos um obstáculo à luz emanada, realmente as sombras são inevitáveis. Porém, existe um fato que devo lembrar a todos: só é possível observar a presença da própria sombra se desviamos o nosso objetivo da fonte luminosa! Só vemos a nossa própria sombra com a nossa fonte de luz à frente, e nosso olhar para trás! Ou seja, ao observarmos a nossa própria sombra, estamos fora de nossos focos, caminhos e direções, que rumam em busca da nossa realização.

Examinemos, com base no que foi concluído, as sombras que estão ao redor, as diversas projeções sem luz que nos cercam. Quais delas são nossas e quais delas não são? Todo o sombrio externo observado vem de seres fora de seus próprios caminhos, ou estão simplesmente englobados em nossas próprias escuras projeções?

Para terminar com esse papo obscuro, quero dizer que não somos eternos obstáculos à luz. Nem que o somos a todo instante. Em minha caminhada pela (meta)física, constatei que o objeto que é um obstáculo parcial à luz, ou seja, uma espécie de segundo estágio em relação ao anterior, é o objeto denominado translúcido. Então, queridos semelhantes, se sombras lhe atrapalham o caminho, não percam seus focos e busquem a translucidez.... trans-lucidez!!!

L.H.M.
Namastê

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Como já é de praxe, o intrometido do descriador do blog vai dar o seu pitaco no texto do amigo autor não-tão-anônimo. Mas, como também é costumeiro, a idéia é somar, pois suponho que adquirir conhecimento faça parte da meta de nossos caros não-leitores... Portanto, sugiro complementar essa leitura com esta referência wiki (isso é clicável) sobre o Mito da Caverna, de Platão. Apreciador de e desentendedor que sou em filosofia, creio que isso possa lançar uma luz sobre a questão da projeção de sombras, e não só no universo espiritual, físico e metafísico, como também no político. É só refletir, luzir, reluzir e transluzir. A imagem que usei para ilustrar o texto é uma das milhares de alegorias feitas do tal Mito. Deixo aqui também um link (linklique) para uma música de minha autoria chamada "Da Música", que, vai saber, pode amarrar bem tudo isso auditivamente.

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